O objetivo é investigar se a Dialética transcendental de Kant, ao se deter sobre ascondições que dão origem ao conflito da razão consigo mesma, não oferece ainda umareflexão acerca da regulação transcendental do discurso e da linguagem filosófica.

A tradução de Foucault da Antropologia de Kant, realizada como tese complementar à História da loucura na idade clássica e publicada pela primeira vez em 1964, é precedida, na edição que ora vem a lume (Vrin, 2008), de uma longa introdução originalmente apresentada à comissão julgadora e posteriormente omitida pelo autor – que contraria assim a recomendação da banca e prefere considerá-la como uma espécie de esboço preparatório ao dito “livro dos signos”, publicado em 1966 com o título de Les (...) mots et les choses – une archeologie des scienes humaines.1 Os anos que separam de sua publicação a redação desse estudo não puderam mitigar o valor das considerações de Foucault, que têm o duplo interesse de esclarecer a trajetória de seu pensamento no decorrer dos anos 60 e de instigar o interessado por Kant a quem sabe adotar novas perspectivas no estudo de sua filosofia. (shrink)

O objetivo do texto é apresentar, no escopo da filosofia crítica de Kant, as definições, complementares e contrastantes, de entusiamos e fanatismo como diferentes estados da mente e do ânimo. O argumento pretende que essa distinção, fundada na diferença entre sentimento e paixão, é importante não apenas como parte da descrição kantiana da dinâmica das afecções que produzem estados da mente, mas também como parte da avaliação dos sistemas filosóficos anteriores, ditos dogmáticos.

Trata-se de examinar, a propósito da crítica de Hume ao Ensaio de Ferguson sobre a história da sociedade civil, o alcance e os limites da noção de civilização, tão importante para o pensamento das Luzes que a própria palavra foi forjada, pela primeira vez, nessa época. The aim of the article is to study the scope of the notion of civilization as it occurs in Hume's reading of Ferguson's Essay on history of civil society. The importance of the topic in (...) the philosophy of the Enlightenment is such that the very word was coined in the 18th Century. (shrink)

This article concerns a phenomenon of elementary quantum mechanics that is quite counter-intuitive, very non-classical, and apparently not widely known: a quantum particle can get reflected at a potential step downwards. In contrast, classical particles get reflected only at upward steps. As a consequence, a quantum particle can be trapped for a long time (though not forever) in a region surrounded by downward potential steps, that is, on a plateau. Said succinctly, a quantum particle tends not to fall off a (...) table. The conditions for this effect are that the wave length is much greater than the width of the potential step and the kinetic energy of the particle is much smaller than the depth of the potential step. We point out how the topic is accessible with elementary methods, but also with mathematical rigor and numerically. (shrink)

O artigo pretende examinar o significado da expressão “a mais antiga das guerras”, empregada por Diderot no Suplemento à viagem de Bougainville para se referir ao conflito entre o homem e outros animais predadores, inserindo-a na tradição hobbesiana, na qual o estado de natureza é representado a partir de uma analogia entre os homens e esses mesmos animais. Pretende-se mostrar que, em ambas essas teorias, o móbile dessas guerras não é a necessidade, mas o desejo.

Tradução do texto Panorama do progresso da sociedade na Europa.

Este artigo propõe aproximações entre Hume e Mandeville a partir do modo como cada um deles entende a divisão do trabalho como um fenômeno moderno característico das sociedades comerciais europeias. O ponto de partida, comum a ambos, é a ideia de que o homem, ou a natureza humana, é um animal movido por paixões muito semelhantes, senão idênticas, às de outros animais, notadamente os mamíferos. A antropologia subjacente à divisão do trabalho tem, portanto, uma raiz fisiológica. O mesmo paradoxo interessa (...) a esses autores: o processo de divisão do trabalho, que possibilita a produção de tantos artefatos excelentes, é o trabalho de artesãos não qualificados. Há, portanto, uma disparidade entre o produto e o princípio que o engendra. Como pretendemos mostrar, este é o leitmotiv de uma crítica, dirigida por Hume, às provas teleológicas da existência de Deus. (shrink)

Chronic migraine is a difficult disease to diagnose, and its pathophysiology remains undefined. Its symptoms affect the quality of life and daily living tasks of the affected person, leading to momentary disability. This is a pilot, randomized, controlled, double-blind clinical trial study with female patients between 18 and 65 years old with chronic migraine. The patients underwent twelve mindfulness sessions paired with anodal transcranial direct-current stimulation over the left dorsolateral prefrontal cortex, with current intensity of 2 mA applied for 20 (...) min, three times a week for 4 weeks. In addition, 20 min of mindfulness home practices were performed by guided meditation audio files. A total of 30 participants were evaluated after the treatment, and these were subdivided into two groups—active tDCS and sham tDCS, both set to mindfulness practice. The FFMQ-BR, MIDAS, and HIT-6 questionnaires were used to evaluate the outcomes. After the treatment, the active mindfulness and tDCS group showed better results in all outcomes. The sham group also showed improvements, but with smaller effect sizes compared to the active group. The only significant difference in the intergroup analysis was the outcome evaluated by HIT-6 in the post treatment result. Our results provide the first therapeutic evidence of mindfulness practices associated with left DLPFC anodal tDCS with a consequent increase in the level of full attention and analgesic benefits in the clinical symptoms of patients with chronic migraine. (shrink)

Pretende-se oferecer uma reconstituição do argumento de Darwin no capítulo 6 da Origem das espécies contra a ideia de finalidade como princípio de explicação das partes funcionais dos seres vivos, de modo a elucidar sua dívida, deliberada ou não, em relação à crítica do finalismo exposta na parte 3 dos Diálogos sobre religião natural. A ideia é situar o ponto preciso em que a teoria de Darwin se vincula à filosofia de Hume, desfazendo, ao mesmo tempo o mal-entendido que encontra (...) no filósofo escocês uma espécie de profeta da teoria da evolução, em pleno século XVIII – um contrassenso que ignora a situação epistemológica da fisiologia e da anatomia no período, ciências para as quais uma teoria como essa teria parecido pura e simples especulação sem base experimental ou teórica. A contribuição de Hume para a biologia do século XIX é outra, e situa-se num nível talvez mais profundo que o da teoria dos seres vivos: consiste em ter solapado em definitivo a noção de que as formas dos seres vivos se deixariam explicar pela funcionalidade que os naturalistas encontram em sua organização específica, vendo aí o sinal de um desígnio. Para Hume, bem como para Darwin, tudo o que há nessa ideia é uma analogia com a forma dos produtos da técnica humana. (shrink)

Trata-se de examinar as relações entre pensamento e linguagem em Hume, de modo a situar a importância da gramática geral no quadro das ciências da natureza humana delineado no Tratado. Se Hume não tem uma filosofia da linguagem, é certo que ele delineia uma teoria dos signos, cuja reconstituição ilumina também as relações entre gramática, lógica e crítica.

Resenha dos livros Aisthesis. Cenas do regime estético da arte e Le temps du paysage. Aux origines de la révolution esthétique, de Jacques Rancière. De As três fontes das filosofias da história, de Bertrand Binoche, e de A filosofia da fisiocracia: Metafísica, política, economia, de Thiago Vargas. Conta ainda com uma resenha da 34ª Bienal de São Paulo.

Desde Schopenhauer e Nietzsche até os nossos dias, através de interpretações de cunho ontoteológico, a análise transcendental do uso prático da razão é vista como momento em que a radicalidade da Crítica kantiana cederia espaço a uma introdução arbitrária da religião, revelando assim o motivo mais fundamental da filosofia de Kant. Uma análise apurada do “Apêndice à Crítica do Juízo teleológico” pode revelar, ao contrário, que o uso prático da razão não é entendido por Kant senão como momento em que (...) a finitude da razão se explicita mais radicalmente, deslocando conceitos da teologia para o interior da filosofia e revertendo a relação entre a racionalidade e a fé. (shrink)

O artigo propõe-se a reconstruir a trajetória de William Hazlitt, procurando mos- trar que sua formação como crítico de arte esteve estreitamente ligada a certos eventos decorrentes da Revolução Francesa. Um elemento nesta direção é representado pela sua visitação, a partir da virada para o século XIX, ao Louvre. Refletindo sobre sua experiência parisiense, o crítico formula a ideia de que a linguagem da pintura almeja uma universali- dade inimaginável no âmbito da política. Com isso, busca-se sugerir a existência de (...) alguma espécie de nexo entre esses dois fenômenos aparentemente desconectados. (shrink)

Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro.

América Latina ha sido desde siempre objeto de controversia en España, aunque últimamente con mayor intensidad se ha convertido en materia de utilización partidista, especialmente por parte de un bloque conservador que se esfuerza en convertir hechos y procesos latinoamericanos en elementos de confrontación política interna española. También las izquierdas hispanas tienen presente a América latina en su acción política, y padecen una elevada desinformación, mientras mantienen clichés de otra época. El artículo atiende a tres casos en la confrontación derecha/izquierda (...) de los últimos tiempos: Venezuela, ariete conservador contra el Gobierno de Pedro Sánchez; México, como excitante del nacionalismo españolista tras la exigencia de López Obrador; y, finalmente, Bolivia tras la forzada salida del poder de Evo Morales. (shrink)

Atas do III Colóquio Internacional de Metafísica. [ISBN 978-85-7273-730-2]. Sumário: 1. Prazer, desejo e amor-paixão no texto de Lucrécio, por Antonio Júlio Garcia Freire; 2. Anaximandro: física, metafísica e direito, por Celso Martins Azar Filho; 3. Carta a Guimarães Rosa, por Cícero Cunha Bezerra; 4. Ante ens, non ens: La primacía de La negación em El neoplatonismo medievel, por Claudia D’Amico; 5. Metafísica e neoplatonismo, por David G. Santos; 6. Movimento e tempo no pensamento de Epicuro, por Everton da Silva (...) Rocha; 7. Críticas e elogios de Nietzche a Sócrates, por Fernanda Bulhões; 8. Sobre a Metafísica ou a respeito do jejum, por Gilvan Fogel; 9. A origem estética da ontologia hermenêutica de Luigi Pareyson, por Íris Fátima da Silva; 10. A Natureza da filosofia de Hume, por Jaimir Conte; 11. Logique ET métaphysique, por Jean-Baptiste Jainet; 12. Blaise Pascal: da recusa da metafísica da raison à metafísica do « estudo do homem », por João Emiliano Fotaleza de Aquino; 13. O niilismo no prólogo de Assim Falou Zaratustra. Por José Elielton de Sousa; 14. Presencia;Ausência: de Plotino a Procolo, por José Maria Zamora; 15. A natureza do Eros platônico, por Jovelina Maria Ramos de Souza; 16. Breve comentário acerca da origem da Gelassenheit de Heidegger a partir da mística de mestre Eckkart, por Luiz Fernando Fontes-Teixeira; 17. Humanismo e domesticação em Regras para o parque humano, por Luiz Roberto Alves dos Santos; 18. Contra a teoria de dois mundos na filosofia de Platão (República V 476e-478e), por Marcelo Pimenta Marques; 19. Sensações, impressões, projeções: as afecções do pensamento, por Markus Figueira da Silva; 20. Contribuições à história de uma metáfora: Heidegger e Nicolau de Cusa, por Oscar Federico Bauchwitz; 21. Uma impossibilidade ontológica em Schopenhauer, por Paulo César Oliveira Vasconcelos; 22. Ser e fenômeno: a Fenomenologia como teoria estética da ciência, por Pedro Paulo Coroa; 23. Para que serve a Metafísica de Aristóteles? O exemplo do movimento animal, por Pierre-marie Morel; 24. Contribuições para uma ontologia digital, por Rafael Capurro; 25. O que é o fim da metafísica, por Rodrigo Ribeiro Alves Neto; 26. A Physis na conformação do logos: linguagem e pensamento no corpus epicúreo, por Rodrigo Vidal do Nascimento; 27. O acontecimento de mundo na era da informação, por Soraya Guimarães da Silva; 28. Apofaticismo e abstração em Mark Rothko, por Vanessa Alves de Lacerda Santos. -/- . (shrink)

La vida consagrada está lejos de extinguirse, sin embargo, tanto su futuro como su significancia para la sociedad actual, no son del todo claros ni convincentes. Uno de los atributos más importantes ha sido su posibilidad creativa, su innovación como forma de vida y el ser una alternativa en sus múltiples manifestaciones carismáticas y apostólicas, respecto de la sociedad. Hoy aquello tampoco es tan claro y por lo tanto la pregunta por el futuro y, mejor aún, por ser propuesta de (...) futuro está en cuestión. A esta dimensión se le ha denominado “política”, y el siguiente estudio busca esbozar algunas respuestas en lo referente al contexto latinoamericano. A partir de bibliografía especializada, de datos estadísticos, del aporte de otras disciplinas afines, –como la geografía, la ética y la antropología–, y una reflexión experiencial se presentan algunos potenciales caminos en vistas de que la dimensión política de la vida consagrada continúe siendo alternativa para otros mundos posibles. (shrink)

La obra es un estudio de una de las nociones fundamentales en la filosofía de Gadamer, el concepto de aplicación. Se intenta dar cuenta de la manera en que dicho concepto viene a solucionar, o tal vez sería mejor decir, a disolver, en la reflexión del siglo XX, el problema que enfrentaban las ciencias históricas en el siglo XIX para convertirse en conocimiento objetivo. Dicho problema consistía en dos importantes dificultades vinculadas entre sí: la imposibilidad de disponer de un objeto (...) independiente, el pasado “tal cual ocurrió” para confrontar la adecuación de las visiones del mismo constituidas desde el presente, por un lado, y la imposibilidad de erradicar la perspectiva del presente (intereses, ideologías, etc.)en los relatos históricos. Para abordar este problema, Gadamer acomete nada menos que una revisión de las categorías fundamentales en las cuales se inserta esta dificultad, esto es, las nociones de conocimiento, realidad y verdad modeladas, a través de Kant, de acuerdo a la perspectiva de la moderna ciencia de la naturaleza. Un paso fundamental será entonces examinar el problema del valor cognitivo del arte, esto es, elucidar las nociones de realidad y experiencia a partir de la experiencia artística, para extender luego estas conclusiones a la historia y el lenguaje. En el marco de esta revisión se perfila el concepto de aplicación, el cual destaca que nuestra condición de agentes históricos, insertos en una tradición y en una comunidad lingüística, no es un obstáculo, sino justamente la condición que hace posible que podamos comprender lo diferente a lo propio, ya sea en la forma de la alteridad histórica, lingüística o meramente personal. La tesis de la obra que presentamos es que la estructura de la aplicación, con la consecuente historicidad que acarrea, se presenta de manera semejante tanto en las macro-estructuras de la comprensión (comprensión de textos, de la tradición, del arte) como en las estructuras de un nivel inferior o más básico, como la realización de juicios y la comprensión de conceptos, punto que se elabora, en esta obra, a través de una comparación con las ideas del segundo Wittgenstein. (shrink)

El que en el presente libro se confronten "lenguaje" e "historia" pretende indicar que una parte especial de los que hemos sido se hace presente como "lenguaje"; pero, además, según se analiza en sus páginas, la función del historiador tuvo, en principio, algo elemental y simple. La misma etimología de la palabra significa alguien a quien se le pide consejo sobre un hecho porque "él vio lo que pasó". Al decir lo que ve, lo que interpreta, el historiador compromete la (...) veracidad de su propio ser. Colección Clásicos - Dykinson (títulos publicados)?Serie estudios?? - Sobre la democracia ateniense. Luis Gil Fernández. - Derecho natural y dignidad humana. Ernst Bloch. - Alejo Carpentier. Poética del Mediterráneo Caribe. Inmaculada López Calahorro. - P. Szondi. Teoría del drama moderno. Ensayo sobre lo trágico. - El concepto poíesis en la filosofía griega. Emilio Lledó. - Lenguaje e historia. Emilio Lledó.?Serie textos? - Heródoto. Historia. Libro I. Ed. bilingüe de J. M. Floristán. - Sófocles. Electra. Ed. bilingüe de Luis Gil Fernández. - Platón. Fedro. Ed. bilingüe de Luis Gil Fernández. - Aristóteles. Poética. Ed. bilingüe de Paloma Ortiz García. - Horacio. Arte poética. Ed. bilingüe de Luis Gil Fernández. - Boileau. El arte poética y otras sátiras. Ed. bilingüe de Alberto Torrego Salcedo. - Lezama Lima. Escritos de Estética. Ed. de Pedro Aullón de Haro. - República poética. Textos programáticos de la literatura española (siglos XVIII y XIX). Ed. de Germán Garrido Miñambres. (shrink)

La discusión sobre las consecuencias políticas del pensamiento de L. Wittgenstein ha girado sobre la posibilidad de construir miradas críticas sobre lo social, su legitimidad, amplitud, fuerza, etc. Sin embargo, aproximar a Wittgenstein a una posición materialista, como la entendía L. Althusser, conduce a una comprensión diferente de la crítica, vinculada a la tarea de deconstruir el discurso filosófico que intenta unificar y organizar jerárquicamente las evidencias (certezas) constitutivas de los diferentes juegos de lenguaje en los que se despliega lo (...) social. Se intenta extraer de esta aproximación una distinción entre la filosofía como práctica teórica ideológica y como práctica teórica crítica. The discussion regarding the political consequences of Wittgenstein's thought has focused on the possibility of building critical approaches to the legitimacy, amplitude, strength, etc. of the social sphere. However, bringing Wittgenstein close to a materialist position as understood by L. Althusser leads to a different understanding of critique, linked to the deconstruction of the philosophical discourse that attempts to unify and hierarchically organize the certainties that are constitutive of the different language games in which the social is deployed. On the basis of this approach, the article attempts to draw a distinction between philosophy as ideological theoretical practice and as critical theoretical practice. (shrink)

The formation of the moral point of view in Bernard Williams’ work might be understood as taking place between two central concepts: the individual and the community. It is through the tension between these two poles that some form of knowledge is acquired. In Williams’ work, the individual virtue takes the name of authenticity, and the communitarian knowledge is, importantly, ethical confidence. A philosophical peer of Williams, Alasdair MacIntyre, has dealt with the same question, although in very different ways. They (...) are usually taken to be philosophical rivals in many respects, especially regarding their political views, their views on religion and their thoughts on Aristotle. But if we look deeper into their claims, we should discover that not only do they have similar ethical concerns, as their responses to those concerns are not, in essence, as different as they seem. My purpose with this paper, however, is not to deny the important differences between the two philosophers, but rather to make conspicuous Williams’ demanding ideas on the formation of the moral point of view by (1) connecting significant portions of his work and (2) contrasting his ideas with that of a philosophical “rival,” namely by interpreting MacIntyre’s own declarations on Williams’ work. It will stand out that both philosophers’ motivation to do ethics is to grant an equilibrium between the individual conscience and the moral knowledge that is acquired within a community. (shrink)

Since its presumed origin by the big bang, about 14 pasts billion years, the Universe is composed of entities, or objects, that produce movements that produce new objects that produce new movements, in an endless sequence.The human mind is one of these entities, whose movements are capable to produce many objects, materialized or as ideas. Those objects in their turn will interact with the mind and new movements will be produced. This process had composed the history of mankind.The Nature presents (...) a world of movements, originated from its first movement—the explosion of the Singularity. The Universe continues in its expansion, while the Earth rotates and the animals move on its surface. So are the humans, who continue to reproduce by natural movements, biologically, but are capable to fly to the Moon. The entire Universe is composed by the same particles, forming a multitude of objects, inserted in the primary objects, participating in the primary movements, and introducing new ones. It is a World of an infinite number of movements derived from the first one, disposed in levels. The upper levels are constituted by the social movements.Thus, history is a development of the producing of material and ideal objects and of their related movements. To produce it mankind have been using the natural environment, offered by the earth’s surface, and the social products already produced during their times of history.Among the last, the social products, one recognizes: a) the knowledge, or information; b) the social relations between men and their social structures, and c) the spatial shaping of their social life, or geography.Thus, in this paper one tries to develop the idea of relating the terms Civilization, Mode of Production and Ages of History to the above three-legged composition.An example is given here: the invention of the caravel, that had conduced to the large discoveries (technology, information, knowledge). It intensified commercial activities, geographical interactions, accelerating the replacing of the feudal society in Europe by the mercantile society (social relations, social structure). The geography also changed with the higher development of the commercial sea port urban centers (spatial shaping geography).The current age of globalization is being an age of a new geography and of new forms in the urbanization process. (shrink)

My dissertation is a critical study of Jose Ortega Y Gasset's attempt to reconcile his notion of lived-experience , which is fundamentally immediate experience, with his idea of life as vital-reason. But life as vital reason is, itself, best understood as consisting of life as a rational-existential project. This, in effect is Ortega's manner of fusing idealism and realism. The result of this mediation is to be interpreted as the self-with-things or what amounts to: I-in-the-world. Man is never what he (...) is in his immediacy and therefore he must create his essence through a self-conscious existential project. Thus, Ortega's notion of life as radical reality is the culmination of an underlying dialectic that is present throughout his work. That is, man's self-awareness of his life as a pre-reflective extranatural phenomenon vis-a-vis the material world can only be understood through reflection and therefore never in its immediacy. Therefore I conclude that for Ortega the synthesis of these apparently antithetical notions culminates in a form of subjective idealism given that primacy is necessarily attributed to the self over the external world. Even though I accept the fundamental tenets of his argument concerning the synthesis of Realism and Idealism and Rationalism and Vitalism, I have focused upon the inherent tension that exists in any such reflective endeavor. I believe that due to Ortega's emphasis that all reflection must originate and therefore concern itself with life as phenomenon, his philosophy necessarily gives primacy to the self over the material world . In arguing "Yo Soy Yo Y Mis Circumstancias" Ortega stresses the character of the Rational Vitalism that results from my self-awareness of my life as a problem for reflection that is forged through my necessary dealings with the world. The result of this self-knowledge is the foundation of a metaphysics of life that is best understood as man as radical reality. (shrink)

LARROSA, Jorge. Nietzsche & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.